Quando era lavadora de elefantes
É difícil limitar “Quando era lavadora de elefantes”
a um só gênero.
São relatos de viagem, entre Brasil (seria mais justo falar em Brasis), Peru, Bolívia, paisagens incríveis,
atmosferas incontáveis, encontros mágicos.
O livro fala da vida e da morte, do amor,
dos direitos dos povos indígenas com quem ela conviveu durante alguns meses.
Mas além dessas viagens,
a autora fez uma viagem iniciatica, espiritual que a levou ao encontro dela mesma.
A verdadeira pergunta seria: o que vim fazer nessa terra?
Órfãs de Esperança
Por ter acompanhado muitas mulheres em situação de violências diversas, em países diferentes,
Véronique contou algumas das suas experiências.
Além de uma universalidade preocupante, constatou que as sociedades definem que tipos de violências podem ser aceites -ou não.
Escreveu cinco capítulos e escolheu um país e um tipo de violência:
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Violência de gênero entre os dois lados do Mediterrâneo, entre as duas cidades gêmeas:
Argel (Argélia) e Marselha (França)
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Violência doméstica em Pernambuco (Brasil)
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As queimaduras por ácido em Bangladesh
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Atendimento de homens autores de violência (França)
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Prostituição, tráfico no Camboja
Prefácio de Maria da Penha
É ela quem bota a feira dentro de casa
Nasceu de questionamentos depois de ter encontrado com homens autores de violências, na França, no Brasil, no Camboja.
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O que leva um homem que diz amar uma mulher a se tornar violento contra ela?
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Amor e violência, é possível?
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Tratar o homem ou a sociedade?
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Tratar o homem e a sociedade?
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Tratar ou reprimir?
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Tratar e reprimir?
Considerando que 90% dos homens autores de violência foram vítimas de violências na infância e/ou adolescência, acredito na mudança de mentalidade e na educação para inverter o ritmo dessa máquina infernal, que fabrica violência.
Narrativas e história de vida
O método História de vida e o uso de narrativas ou relatos orais têm sido historicamente usados pela antropologia, mas nas últimas décadas, vêm conquistando também pesquisadores das áreas da educação, história, serviço social e sociologia, entre outras áreas das ciências humanas e sociais.
Contudo, muitos não seguem nessa escolha, retraídos pela escassa literatura a respeito.
O livro apresenta aportes que ocupam essa lacuna de saber.
A expertisa da autora aponta caminhos importantes para quem intenciona adotar essa proposta metodológica, que é qualitativa e biográfica por essência.
Mulheres em movimento
Mulheres em movimento é um convite aquelas e aqueles que ousam compartilhar a luta por equidade, direitos, liberdade das mulheres e diversidade de gênero.
O livro, em dialogo com o Seminário de Mulheres, reúne textos de ativistas, pesquisadoras e educadoras engajadas nos movimentos feministas.
As autoras que aqui escrevem são de várias áreas e etnias, representando assim a diversidade das vozes desse coletivo.
Leitura contemporânea e imperdível para mulheres e homens.
Histórias de amor tóxico
A obra é composta por quinze artigos que tratam da violência contra as mulheres e principalmente das violências conjugais no Brasil em seus aspectos históricos, sociais e culturais. Também traz reflexões sobre o enfrentamento à violência e propõe próximos passos a serem tomados no combate à violência.
Eu tive a honra de ser convidada para coordenar a obra e organizar o livro junto com Henrique Marquês, coordenador do Observatório da Mulher contra a Violência – Senado Federal – Brasília .
O livro reflete pontos de vista de diferentes autoras e autores oriundos de disciplinas tais como: história, sociologia, antropologia, serviço social, direito, psicologia,...
O livro traz esperança de soluções para um mundo mais igualitário.
Mulheres africanas no Brasil
Minha inspiração para esse livro veio do meu mestrado de etnologia « Sobrevivência da África no Brasil pelas mulheres » sob a direção do Professor Kotto ESSOME, homem e profissional admirável e digno de respeito que me fez descobrir parte do universo africano.
A obra se divide em quatro grandes partes :
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A questão histórica; analisamos como e porque se organizou o mercado escravo e como a escravidão se tornou a base da sociedade nordestina brasileira.
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A questão alimentícia, com as influências africanas, ameríndias e portuguesas.
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A questão espiritual e o sincretismo religioso afro-brasileiro.
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A questão linguística que faz o português do Brasil ser essa língua cantante e doce.
A questão do racismo é abordada enquanto consequência da escravidão.
Povos indígenas no Brasil
Esse livro aborda várias questões relativas aos povos indígenas, tais como arte, política, economia, direitos, cultura, espiritualidade, território.
Essa obra é singular na medida em que traz experiências práticas em termos de uso de ervas, chás, rezas mas também de organização social e de direitos…
Trata-se também de abordar o etnocida dos povos indígenas, assim como as formas de resistência e os movimentos de luta.
Um aspecto importante da obra vêm do fato de muitos autores e autoras serem oriundos de várias etnias e se tornaram porta-vozes das suas comunidades.
Revelam dessa forma a diversidade e a ancestralidade da cultura indígena.
A religiosidade indígena transpira nas falas dos autores e das autoras que, todos, relatam a importância da natureza para o viver juntos.
O sumário, os títulos e os resumos dos capítulos também são escritos na língua pataxó.
Veias Feministas
Esse livro nasceu da vontade de trabalhar com
Sarita Amaro, depois de ter colaborado com outras obras.
E foi um prazer imenso, organizar esse livro,
colaborando com 17 autoras oriundas de culturas variadas, com perspectivas diferentes,
formações diversificadas.
Todas querendo construir um mundo melhor,
sem violência, com equidade de gênero e respeito.
Veias feministas trata da história de mulheres,
da realidade das mulheres e dos nossos desafios e perspectivas.
São olhares cruzados de mulheres sobre a vida, o espaço, o trabalho, a família, o afeto, a dor e, antes de tudo,
a esperança.